Hoje, reunindo material do blog e algumas fotos minhas para enviar para minha amiga Laís Bueno
[apresentadora do programa Estética e Bem-Estar da TV +], encontrei entre as fotos algumas comparações que fiz com minhas roupas. É incrível como algumas coisas ganham mais intensidade depois de passado algum tempo, talvez pelo fato de já ter me habituado mais com as facilidades em encontrar modelos, marcas e preços diferentes de roupas, vejo que as necessidades do público maior vão além, muito além daquilo que o mercado da moda oferece. Todo gordinho sofre
[quem não é gordinho não tem noção do que estou falando com tanta precisão, ainda que seja complacente e tente se colocar na situação do cidadão fofs], mas sofremos muito para comprar roupas, principalmente quando queremos algo que vai além de tapar
'nossas vergonhas', cobrir o '
corpitcho' ou algo assim. Apesar do aumento na oferta de peças maiores, há ainda um grande abismo entre o essencial e o desejado. Não bastasse a ditadura da beleza emplacar conceitos cada vez mais irreais de uma estética intangível para pessoas normais
[gente assim como eu e você, que não tem uma genética 'barbística' ou fartura de tempo e dinheiro para viver em função da manutenção da aparência], vivemos tentados, condicionados e estimulados a desejar aquilo que é oferecido sob forte bombardeio das mais ousadas ações de marketing. Talvez isso explique o fato de muita gente número 44 sair pelas ruas parecendo uma
mortadela ambulante ao se aventurar no manequim 38
[verdadeiros e verdadeiras astronautas caminhando sobre um mundo, que neste caso, é pura utopia]. Exageros
[e ilustrações] a parte, é compreensível que as pessoas queiram aquilo que é bonito e agradável. Mesmo quem veste números bem maiores que o
'convencional' quer sair por aí dentro de um jogo de linhas e tecidos que ofereça conforto e beleza. Se houver bom senso o ridículo não entra, por isso, se na loja não há, no seu número, aquela peça estonteante que você viu na vitrine paciência! Não tente forçar a barra
[nem o zíper e os botões, eles não tem culpa de nada], seja consciente de que o mercado ainda não despertou completamente para o público grande, mas pesquise, sonde, converse com outras pessoas. Se ver alguém do seu porte usando uma roupa que você goste, vai lá, converse com a pessoa e pergunte onde comprou, onde pode encontrar aquela marca de roupa, não tenha vergonha... Temos que nos mexer além do costumeiro as vezes
[na verdade temos que tentar fazer isso o tempo todo]. Enquanto as roupas maiores não ficam prontas e lindas canalize a energia das suas frustrações e tristezas para aquilo que pode ser a solução para muitas coisas
[saúde, qualidade de vida, trabalho, convívio social, relacionamentos, condicionamento físicos, etc] na sua vida: EMAGRECER! Palavra que é desejo de muitos, mas que implica em escolhas, renúncias e mudanças, todavia é mais fácil emagrecer do que esquecer a humilhação e decepção de ter que bater de porta em porta procurando por migalhas de uma moda que ainda não sabe o valor fantástico que há nos números acima do 38.
Ah, só pra constar, cheguei a vestir 64, hoje já consegui entrar em um 48 sem ser visto como o Sr. Mortadela [rs rs rs]. Vamos lá...
#todospodemos